Quem é você 02/2002

Sempre ...
e breve ,
inconstante ...
na busca ...
preso !
Num sopro de vento
Num raio de luar
vivo a sonhar com teus beijos
meus desejos
meus anseios
Sonhos
Ah ! Estes doces sonhos que me fazem acordar suado
Ah ! Este pesadelos que me fazem sentir medo
Não da vida e nem da falta .
Mas sim de não tê-los novamente ...
Não, de não tê-la
Mas de não reconhece-la, quando a vir
Pois a desejo, já tanto tempo, que nem sei como
Já te encontrei tantas vezes, que misturei tua face
Já te achei em tantas pessoas, que perdi teu cheiro
e não eras nenhuma
e eras todas .
Todas tinham um pouco de ti e nenhuma era
e eu sempre ficava, a cada vez, mais vazio
eu te achei varias vezes e te perdi
eu me encontrei tantas vezes e me perdi
E a cada vez que te perdia, eu me perdia
e me achava de novo em cada pena
em cada lápis
em cada caneta, em cada copo, em cada ponta
e em cada uma das coisa que perdia, somava outras
e em mim crescia, a cada vez mais, meu amor por ti
mesmo sem saber se você realmente existia
ou era fruto de minha ânsia
ou de minha carência
de minha ferveção
e em cada busca , em cada perda
sempre sobrava um pedaço teu
e vivo com estes pedaços, a te procurar
e, esperando te encontrar, pergunto
você existe realmente ?
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